sábado, 14 de maio de 2011

E de Espinhas para um gato (VI)

O GATO


O meu não come ratos; não gosta disso. Só apanha um de vez em quando por brincadeira.
Quando já brincou o suficiente, poupa-lhe a vida e, inocentemente, vai sonhar para outro lado, sentado sobre o caracol da cauda, a cabeça insondável como um punho fechado.
Mas, por causa das suas garras, o rato morreu.


- Jules Renard, Histórias Naturais
[trad. ID]

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